Bom dia people!
Ontem tive o meu exame de história...preciso de desabafar.
Foi assim, eu tenho estudado a matéria e tudo isso, sabia aquilo tudo de trás para a frente e da frente para trás. Mas, infelizmente, aconteceu uma grande desgraça:
O exame era composto por 2 grupos; o 1º tinha quatro perguntas, uma delas de desenvolvimento e o 2º, de respostas mais directas, todas elas relacionadas com um documento(texto interpretativo).
Logo ao princípio, preenchi mal a porcaria do cabeçário e teve que vir lá a sala um professor qualquer responsável por não sei o quê do não sei quantos dos exames nacionais, enquanto estive à espera que o homem lá se despacha-se a ir, as professoras que estavam a vigiar o exame disseram que parasse de escrever, pois provavelmente teria que voltar a escrever tudo numa outra folha (não foi o caso, pois afinal o problema não era assim tão grave, menos mal).
Durante este tempo, perdi entre 5 a 10 minutos de tempo e começei logo a ficar nervosa(eu sou sempre muito lenta a fazer testes e exame, não porque não saiba a matéria, até porque sou uma pessoa muito estudiosa e perfeccionista e é isso que me transforma na pilha de nervos que sou, pois sei tudo e tenho muito medo de não conseguir passar para o papel).
Depois disto, as primeiras perguntas não correram mal, a seguir, na última questão do grupo(refiro-me ao 1ºgrupo) era de desenvolvimento, eu deveria ter falado na evolução do regime do Estado Novo até à decada de 50, quando estava quase a acabar, a professora disse que já só faltavam 10 minutos para o fim do tempo de tolerância!! (eu não tinha levado relógio, ia tão nervosa que nem me lembrei), então, vi que tinha falado de mais, falei até à década de 70, quase até ao 25 de abril, mas já não tive tempo de reformular a resposta (ainda para mais, sendo de desenvolvimento) deixei ir assim, falar de mais desconta na cotação da resposta, mas falar de menos é pior ainda!
Avancei, então, já toda stressada e tremer, para o último grupo ( e uma das professoras a gozar, ao notar a minha extrema enervação, para variar!).
Já faltavam apenas 5 minutos, não tinha tempo de ler o documento, escrevi, então, qualquer coisa nessas 3 perguntas só para a metade do exame não ir em branco...
Já estão a ver..não é?
...Enfim...
O que me irrita no meio disto tudo, é que eu sabia aquela porra toda na ponta da língua!
Ainda por cima o último grupo...esse era facílissimo!, canja mesmo!, era só interpretação do texto e justificar com base na minha argumentação e na do autor (mais algumas coisas nele implícitas, é claro), mas isto até é uma coisa que faço muito bem, pois tenho um bom raciocínio e poder argumentativo, para além de saber levar a conversa para o lado que me convém (pelo menos é o que toda a gente me diz, até oiço dizer de várias que daria uma boa advogada).
Mal li as perguntas, e em relação ao texto, nem o li...enfim, escrevi qualquer coisa e nem justifiquei (como me pediam) e nas duas últimas já a prof me estava a xingar a cabeça para entregar, ou então a prova era anulada!
Passei esta última parte do exame a tremer da cabeça aos pés, quando sí da sala tive um tontura e quase fui contra a porta...sentia o meu coração a explodir...tive que me sentar num dos bancos do jardim em frente ao liceu antes de ir para casa, para ver se acalmava um pouco.
É só para terem uma pequena noção do meu estado perante toda esta situação...
Quando cheguei a casa, enfiei-me no quarto a chorar desalmadamente, lá veio aquela pergunta, neste caso para mim, extremamente irritante:
"Então o exame? Como é que correu?", desatei a mais ainda e expulsei as pessoas do quarto, Disseram logo, "Ah! Mas como e que é possível? Estudaste dias e noites inteiros, mal dormiste! Como é que isso foi acontecer?"(mas dito num tom quase a ralharem comigo e, silmultâneamente, de espanto e confusão).
Não dei explicações relativamente a isso, fiquei 3 horas fechada no meu quarto de luz apaga, tudo fechado, sem querer ver ninguém...durante esse tempo, o meu pai entrou contra a minha vontade, disseram-lhe que tinha chegado a chorar. O meu pai ainda veio fazer pior:
"Onde é que está o enunciado?" disse num tom autoritário.
"Vá-se embora daqui! Não quero ver ninguém" - disse-lhe eu
"Onde é que está?!" - disse numa voz ainda mais severa e autoritária.
Acabei por lhe dar o exame
"Isto é facílimo! Como é que não fizeste tudo, burra!"
Voltei a pedir-lhe que saísse, desta vez não aos gritos, mas de forma civilizada. Ainda ficou ali cinco minutos a olhar para mim, mas depois saiu.
Nem disse nada ao meu explicador sobre como tinha corrido o exame, tive muita vergonha, nem sabia o que lhe ia dizer, embora tivesse tido muita vontade de lhe contar (tenho vergonha de dizer isto, mas quando saí daquela sala, a única ideia que me vinha à cabeça, era a de correr a chorar nos braços dele (que ideia estúpida, quando alguma coisa me corre mal, a minha vontade é, no máximo, de ir ter com a minha "mãe", mesmo assim, apenas em casos extremos, normalmente guardo os meus problemas e as minhas mágoas para mim, quanto mais de ir ter com ele, uma pessoa com a qual apenas tenho uma relação professor/aluna - ainda bem que ele não sabe que tenho um blog! e espero que nunca o descubra, bem como outras pessoas que me conheçam pessoalmente! lol)
Lá para a hora de jantar, 20.30/20.45, ele mandou-me uma sms a perguntar como me tinha corrido, rebentou, então um nova fonte de lágrimas dos meus olhos.
"Olá.. Então como correu o exame? Espero que tenha corrido pelo melhor. Cumprimentos."
Fiquei hesitante perante aquilo, sem saber o que dizer, sentindo-me com muita vergonha de mim mesma e a pensar no que ele poderia ficar a pensar de mim, depois de tanto tempo a explicar-me a matéria do ano inteiro, mesmo quando eu não percebia muito bem ou tinha alguma dúvida, voltava a explicar-me, sempre muito simpático e paciente.
Lá acabei por conseguir responder, passado uns 10 minutos, contei-lhe tudo, precisava mesmo de desbafar com alguém, incluindo o facto de ter tido tonturas e de quase ter caído no chão.
Ele: "Isso foi complicado então gerir o tempo é muito importante. O que saiu na primeira parte? Bem de qualquer forma não desanimes e no pior cenário terás sempre a outra fase. Um abraço"
Respondi o que tinha sído e tal, bem como se ele queria que lhe entregasse os livros que tinha imprestado pessoalmente ou na loja de fo´tocópias ao lado da casa dele, que ele depois ia lá buscar (tinhamos falado e feito vários execícios sobre essa parte da matéria).
Ele: Bem então a primeira parte até poderá dar para passares correu-te bem não foi? Quanto aos livros deixa na (nome da loja) ou então passa em minha casa na quinta ao início da tarde como te der mais jeito. Abraço
Eu disse, então, que passaria por lá na quinta-feira.
Ele: "Sim, até ás 15h estarei por casa. Cumprimentos"
Estou cheia de vergonha de lá ir na quinta-feira
(Faço mil e um pedidos aque se encontra lá em cima no céu, para que ninguém, especialmente ele, dê de caras com isto!)
Para além disto, os nervos e tudo isso, deram-me para comer tudo aquilo que encontrei pela frente, especialmente doces e chocolates até não poder mais...
Até tenho medo de me pesar amanhã!
****Beijokas e boa sorte nos vossos exames, se também os tiverem***